A saída de Pedro Novais do cargo de ministro do Turismo e sua troca por outro peemedebista foi criticada nesta quinta-feira pelo senador da oposição José Agripino Maia (DEM-RN), que viu a manutenção do PMDB no comando da pasta como uma prova de que a presidente Dilma Rousseff é refém de sua base parlamentar.
"A presidente é prisioneira de uma aliança partidária que indica pessoas com nível de comprometimento enorme", disse o presidente do DEM após participar de um fórum do Instituto Nacional de Altos Estudos, no Rio de Janeiro. Na noite de quarta-feira, a Presidência da República anunciou o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) como sucessor de Novais. Vieira é ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Para Agripino, a aliança do governo Dilma com o PMDB impede a presidente de escolher os nomes mais adequados para postos de alto escalão do governo. Ele também avaliou que Dilma não investiga a fundo as denúncias. "A substituição do ministro do Turismo só ocorreu por denúncia, e não por iniciativa da presidente. Há muito tempo ela sabia o que ocorria no Ministério do Turismo, e só tomou providência quando o ministro pediu demissão diante de evidências escrachadas."
Também presente no evento, o presidente do PT, Rui Falcão, saiu em defesa da presidente e do governo. "Vejo a saída de um ministro com naturalidade, porque a presidenta já esclareceu que, quando houver denúncia, ela primeiro ouve o acusado e, como não tinha como sustentar a defesa, foi feita a substituição", disse. "A relação com o PMDB não fica abalada... temos um governo de coalizão, e é natural que haja (divisão de cargos). Seria estranho o PT ter todos os ministérios", avaliou.
Falcão sustentou que Dilma não escolheu para cargos do alto escalão membros de partidos aliados que haviam se envolvido anteriormente em irregularidades. "Todos que saíram tinham ficha limpa quando indicados, e os fatos foram supervenientes à entrada no governo. Não são anteriores", acrescentou.
A crise no Turismo
Pedro Novais (PMDB) entregou o cargo de ministro do Turismo no dia 14 de setembro, depois de sua situação política ter se deteriorado por suspeitas de que ele teria usado recursos públicos para o pagamento de uma governanta e de um motorista para a família. A denúncia não foi a primeira e tornou a permanência de Novais insustentável, apesar do apoio do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele foi o quinto ministro a deixar o posto no governo Dilma Rousseff.
A crise no Turismo começou com a deflagração da Operação Voucher, da Polícia Federal (PF), que prendeu, no início de agosto, 36 suspeitos de envolvimento no desvio de recursos de um convênio firmado entre a pasta e uma ONG sediada no Amapá. Entre os presos estavam o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e um ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Dias depois, o jornal Correio Braziliense publicou reportagem que afirmava que Novais teria sido alertado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as irregularidades do ministério 47 dias antes da operação da PF, sem tomar qualquer medida. Novais negou que tivesse recebido o aviso.
No dia 20 de agosto, a Folha de S.Paulo afirmou que uma emenda ao Orçamento da União feita por Novais em 2010, quando ainda era deputado federal, liberou R$ 1 milhão do Ministério do Turismo a uma empreiteira fantasma. O jornal voltou à carga em setembro, denunciando que o ministro teria usado dinheiro público para pagar a governanta de seu apartamento em Brasília de 2003 a 2010, quando ele era deputado federal pelo Maranhão. Em outro caso, o ministro utilizaria irregularmente um funcionário da Câmara dos Deputados como motorista particular de sua mulher, Maria Helena de Melo.
"A presidente é prisioneira de uma aliança partidária que indica pessoas com nível de comprometimento enorme", disse o presidente do DEM após participar de um fórum do Instituto Nacional de Altos Estudos, no Rio de Janeiro. Na noite de quarta-feira, a Presidência da República anunciou o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) como sucessor de Novais. Vieira é ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Para Agripino, a aliança do governo Dilma com o PMDB impede a presidente de escolher os nomes mais adequados para postos de alto escalão do governo. Ele também avaliou que Dilma não investiga a fundo as denúncias. "A substituição do ministro do Turismo só ocorreu por denúncia, e não por iniciativa da presidente. Há muito tempo ela sabia o que ocorria no Ministério do Turismo, e só tomou providência quando o ministro pediu demissão diante de evidências escrachadas."
Também presente no evento, o presidente do PT, Rui Falcão, saiu em defesa da presidente e do governo. "Vejo a saída de um ministro com naturalidade, porque a presidenta já esclareceu que, quando houver denúncia, ela primeiro ouve o acusado e, como não tinha como sustentar a defesa, foi feita a substituição", disse. "A relação com o PMDB não fica abalada... temos um governo de coalizão, e é natural que haja (divisão de cargos). Seria estranho o PT ter todos os ministérios", avaliou.
Falcão sustentou que Dilma não escolheu para cargos do alto escalão membros de partidos aliados que haviam se envolvido anteriormente em irregularidades. "Todos que saíram tinham ficha limpa quando indicados, e os fatos foram supervenientes à entrada no governo. Não são anteriores", acrescentou.
A crise no Turismo
Pedro Novais (PMDB) entregou o cargo de ministro do Turismo no dia 14 de setembro, depois de sua situação política ter se deteriorado por suspeitas de que ele teria usado recursos públicos para o pagamento de uma governanta e de um motorista para a família. A denúncia não foi a primeira e tornou a permanência de Novais insustentável, apesar do apoio do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele foi o quinto ministro a deixar o posto no governo Dilma Rousseff.
A crise no Turismo começou com a deflagração da Operação Voucher, da Polícia Federal (PF), que prendeu, no início de agosto, 36 suspeitos de envolvimento no desvio de recursos de um convênio firmado entre a pasta e uma ONG sediada no Amapá. Entre os presos estavam o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e um ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Dias depois, o jornal Correio Braziliense publicou reportagem que afirmava que Novais teria sido alertado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as irregularidades do ministério 47 dias antes da operação da PF, sem tomar qualquer medida. Novais negou que tivesse recebido o aviso.
No dia 20 de agosto, a Folha de S.Paulo afirmou que uma emenda ao Orçamento da União feita por Novais em 2010, quando ainda era deputado federal, liberou R$ 1 milhão do Ministério do Turismo a uma empreiteira fantasma. O jornal voltou à carga em setembro, denunciando que o ministro teria usado dinheiro público para pagar a governanta de seu apartamento em Brasília de 2003 a 2010, quando ele era deputado federal pelo Maranhão. Em outro caso, o ministro utilizaria irregularmente um funcionário da Câmara dos Deputados como motorista particular de sua mulher, Maria Helena de Melo.
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