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Alckmin quer mudar forma de prisão de menores infratores


Após morte de estudante anteontem por menor que fará 18 anos, governador voltou a defender mudanças no ECA


Estudantes realizaram protesto na av. Paulista pedindo paz e cobrando as autoridades
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que no prazo de 15 dias o PSDB vai apresentar, no Congresso Nacional, um projeto que prevê a alteração do ECA (Estatuto da Crianças e do Adolescente).
Alckmin defendeu mudar a forma como é feita hoje a prisão de menores infratores. A ideia do projeto é que, ao completar 18 anos, o menor infrator cumpra o restante da pena em uma unidade prisional normal e não na Fundação Casa (antiga Febem). O governador também diz ser favorável a aumentar a pena dos menores em casos de crimes graves, como em casos de homicídios e latrocínios.
“É uma reflexão que a sociedade precisa fazer. Em casos graves, o jovem, ao completar 18 anos, deveria sair da Fundação Casa (e passar para o sistema prisional convencional)”, defendeu Alckmin ontem. O anúncio foi feito pelo governador após a morte do estudante Victor Hugo Deppman, 19 anos.
O estudante foi assassinado na terça-feira à noite na porta do prédio onde morava com a família, no bairro do Belém (zona leste de SP). Um adolescente de 17 anos confessou ontem que atirou na cabeça do jovem. O criminoso levou o celular da vítima.
Para Alckmin, o caso do jovem morto na zona leste é um dos episódios que deveriam ser considerados graves.
“O jovem preso está a poucos dias de completar 18 anos”, afirmou Alckmin.
O governador já vinha defendendo publicamente mudanças no ECA, mas, agora, segundo ele, as alterações serão formalizadas em um projeto.
Se entrega com a mãe
Ainda na noite de anteontem, acompanhando da mãe, o assassino se entregou à promotoria da infância e da juventude. Ele tem 17 anos, completa 18 hoje.
A decisão de se entregar agora e confessar o crime não muda em nada a situação jurídica do adolescente. Mesmo se ele fizesse isso na semana que vem, depois de completar 18 anos, para a Justiça, o que vale é que ele cometeu o crime quando ainda era menor de idade.
O adolescente suspeito de matar o universitário Victor Hugo Deppman, 19 anos, durante um assalto na região do Belém, na zona leste de São Paulo, foi levado para a Fundação Casa (antiga Febem).
Victor Hugo foi atingido por um tiro na cabeça durante um assalto na porta de casa. Ele chegou a ser levado para o pronto-socorro do Hospital Santa Virgínia, mas não resistiu. O criminoso roubou seu celular e fugiu em uma moto. O estudante cursava rádio e TV na Faculdade Cásper Líbero e era estagiário da RedeTV!.
Segundo o delegado André Pimentel, titular do 81º DP (Belém), o adolescente foi detido após a localização do irmão dele em uma comunidade da região. O jovem foi levado à Defensoria Pública pela mãe e prestou depoimento na Vara da Infância e Juventude, onde confessou o crime.
O delegado disse ainda que o jovem já tinha tinha sido detido anteriormente por outro roubo. Durante as diligências para a captura dele, outras pessoas foram detidas, inclusive por porte de drogas e armas. Mas não foi encontrada relação entre essas pessoas e a morte do universitário.

Alunos da Cásper Líbero protestam por colega morto
Um protesto de universitários da Faculdade Cásper Líbero interditou a avenida Paulista no sentido Consolação na tarde de ontem. Os alunos protestam contra a violência em São Paulo após o assassinato de um estudante da faculdade durante um assalto no Belém, zona leste de São Paulo. O protesto começou por volta das 12h10 em frente ao prédio da faculdade, que fica na avenida Paulista. Com cartazes e faixas pedindo paz, os alunos gritavam o nome de Victor Hugo.
A namorada do universitário Victor Hugo disse que está com medo de sair na rua depois do crime. Ela participou ontem do protesto. “Moro na rua de trás dele e está todo mundo assustado, com medo de sair na rua. Fazíamos tudo a pé, agora tenho medo”, afirmou Isadora Dias, 19 anos, se referindo a região do Belém, onde ocorreu o crime.

Fonte: Folhapress
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